Enviadas ao Rio Grande do Sul no início de maio para ajudar o estado atingido por enchentes, as equipes de técnicos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) estão passando por uma troca 20 dias após o início dos trabalhos para restabelecer o abastecimento de água. 

Sob condições desafiadoras, os profissionais atuaram nas cidades mais atingidas, junto com outras empresas de saneamento. Da equipe inicial de 22 pessoas, 13 estão retornando para Minas e outras 13 começam a atuar já neste final de semana no Rio Grande do Sul.

De volta a Frutal, no Triângulo Mineiro, Ângelo Silva, supervisor eletromecânico, e Éder Souza, técnico químico, estavam em Porto Alegre e trabalharam em manutenções para recuperação de bombas, painéis elétricos e redes de distribuição em intervenções nas redes de drenagem pluvial.

Eles também auxiliaram nos estudos das dosagens de produtos e em formas adequadas de tratar a água, que teve suas características alteradas em virtude das enchentes.

“Vi de perto casas submersas até a metade e carros cobertos pela água. Tivemos contato com a água contaminada e com mau cheiro. Mas o que mais me marcou foi a união de pessoas de estados diferentes, de empresas diferentes, mas com o mesmo objetivo: ajudar a minimizar o sofrimento daqueles que foram de alguma forma afetados pelas enchentes”, conta Ângelo.

A cooperação e a solidariedade também foram os pontos que mais chamaram a atenção de Éder. “Tanto os companheiros da Copasa quanto dos demais estados tinham sempre a preocupação com a segurança uns dos outros e o foco no bem-estar da população. Além disso, o suporte da Copasa mostra a força e profissionalismo que a nossa empresa tem”.

Ângelo e Éder fazem parte da Unidade de Negócio Oeste da Copasa, que abrange 58 municípios das regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba e , além de colegas de serviço, são pai e filho.

Copasa / Divulgação


Trabalhos continuam

A liderança da equipe passará do supervisor eletromecânico Geraldo Magela Mendes para o também supervisor Felipe Arruda.

Entre os remanescentes, está a engenheira de Projetos e Obras da Copasa, Tessa Pires da Mota Belo. “O caminho foi árduo e ainda se tem muito o que avançar, mas poderia ter sido ainda mais difícil se não contássemos com o profissionalismo, comprometimento e o alto conhecimento técnico da equipe que, por mais de 20 dias, deixou seu estado para ajudar os irmãos gaúchos”, diz Tessa.

Os profissionais continuam na capital gaúcha trabalhando nas manutenções eletromecânicas e hidráulicas, ajudando a restabelecer painéis elétricos, quadros de comando e bombas das estações de bombeamento de água pluvial.

Eles também operam em estações de bombeamento de água bruta e tratada, danificadas pela ação das águas que ultrapassaram marca histórica, a fim de esgotar as águas que invadiram a cidade e também para normalizar o abastecimento em dezenas de bairros.

A Copasa também já enviou mais de 30 mil litros de água potável aos gaúchos e, por meio do Programa de Voluntariado, iniciativa solidária dos empregados, está promovendo em toda companhia a “Campanha do Agasalho”, em parceria com o Serviço Social Autônomo (Servas), para arrecadar roupas, sapatos e cobertores, além de brinquedos e caixas de bombons, que também serão encaminhadas para as crianças dos alojamentos e abrigos.